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Pare de rotular seu filho

Rotular uma criança parece inofensivo à primeira vista, mas as consequências disso não são legais no longo prazo. Quer ver um exemplo? 

Quando dizemos que uma criança é “preguiçosa”, “desorganizada” ou “difícil de cuidar”, estamos impondo um julgamento que afeta a sua autoimagem e influencia diretamente no seu próprio comportamento – negativamente.

Embora não pareça, os rótulos podem, sim, impactar na identidade dos nossos filhos, porque aquilo que os rotulamos pode se tornar uma profecia autorrealizável. Como assim?

Simples, a criança passa a agir de acordo com o rótulo que lhe foi atribuído – acreditando que ela é aquilo – reforçando ainda mais os comportamentos indesejados.

Além disso, os rótulos limitam o potencial da criança, fazendo com que ela acredite piamente que suas características são fixas e imutáveis – mesmo que desejem melhorar.

Sendo assim, crianças rotuladas negativamente podem desenvolver baixa autoestima, ansiedade e, em alguns casos, até depressão. 

Isso porque, elas sentem o tempo todo que não são boas o suficiente para quem ama ou que não são capazes de corresponder às expectativas dos pais e professores. 

3 estratégias para evitar de rotular as crianças

  1. Foque sempre no comportamento, não na personalidade: quando comportamentos indesejados, é importante concentrar-se na ação e não na criança como um todo. Se atente às suas falas. Por exemplo, em vez de dizer “você é bagunceira demais”, prefira “vamos arrumar essa bagunça, de preferência juntos”.
  2. Use uma linguagem positiva: encoraje e elogie comportamentos positivos. Substitua críticas à criança por sugestões construtivas focando na forma como ela se comportou, ajudando seu filho a entender o que pode melhorar sem se sentir atacado no seu jeito natural de ser.
  3. Pratique a escuta ativa: por menores que sejam, ouça seus filhos com atenção e valide seus sentimentos. Entenda o porquê de determinados comportamentos puxando uma conversa onde a criança possa, a seu modo, explicar o motivo de ter agido dessa ou daquela forma. Assim, você constrói um relacionamento de confiança e respeito, onde seu filho se sente seguro para manifestar suas emoções sem medo de ser rotulado como “alguém ruim”.

O papel dos pais e cuidadores

Pais e cuidadores desempenham um papel crucial, pois quando se tornam conscientes do impacto dos rótulos, conseguem adotar melhores práticas na educação do dia a dia. 

Para isso, podem investir em modelar seus próprios comportamentos, sendo mais respeitosos e criando um ambiente acolhedor para o crescimento emocional das crianças.

Isso é de suma importância, porque os efeitos dos rótulos na infância, vindo de pessoas importantes para a criança, podem persistir na vida adulta, influenciando a forma como os indivíduos se percebem e interagem com o mundo. 

Adultos que foram rotulados negativamente quando pequenos podem lutar por toda a vida com a autoestima e enfrentarem muitos desafios em suas relações pessoais e profissionais. 

Veja abaixo alguns dos efeitos nocivos que rotular crianças podem trazer:

  • Autoestima e autoconfiança

Crianças que são rotuladas de forma negativa tendem a internalizar esses rótulos, o que pode destruir a sua autoconfiança. Isso porque, elas começam a acreditar que não são capazes de mudar ou melhorar, e isso pode afetar diretamente o seu desempenho escolar e as suas relações sociais.

  • Efeito Pigmalião

Este conceito psicológico sugere que as expectativas que temos em relação aos outros podem influenciar a forma como agem e desempenham seus papéis. Se os pais já esperam que seus filhos sejam problemáticos ou incompetentes, as crianças tendem a começar a agir conforme essas expectativas, perpetuando assim um ciclo negativo.

  • Relações sociais

Crianças rotuladas podem enfrentar muitas dificuldades em interações sociais, pois seus pares e professores podem começar a tratá-las segundo os rótulos que ouviram a respeito delas. No longo prazo, isso pode fazer com que a criança prefira o isolamento social para evitar receber alguns tipos de tratamento.

Pare de rotular seu filho e o enxergue como a criança única que ele é

Seu filho tem um DNA único e exclusivo, com seus próprios talentos, interesses e claro, os desafios relacionados ao desenvolvimento de quem ele é. 

Sendo assim, ao invés de usar rótulos negativos, é melhor que os pais adotem uma abordagem individualizada para lidar com a autenticidade da sua criança. Abaixo, deixamos algumas dicas que podem ser úteis:

  • Observar e entender: os pais devem observar o comportamento de seus filhos e tentar entender o que realmente está por trás dessas ações. Isso envolve considerar fatores internos e externos que podem estar influenciando seus comportamentos.
  • Encorajar o crescimento: foque nos esforços e progressos da criança em melhorar, em vez de dar atenção apenas aos resultados. Isso contribui para a criança entender a mentalidade de evolução no passo a passo, fazendo entender que pode melhorar sempre e aprender com os seus erros.
  • Empatia e compreensão: mostre à criança que todos têm pontos fortes e áreas para evoluir por toda a vida. Agir assim faz com que a criança aprenda desde cedo a ser mais compreensiva consigo mesma, aceitando-se como é e compreendendo que isso se aplica a todos – ela faz parte, não é pior do que ninguém.
  • Seja específico: ao dar feedback, seja específico sobre o comportamento que você aprecia ou que precisa ser ajustado. Afinal, clareza é determinante para seu filho entender o que é esperado dele quando situações iguais se repetirem.
  • Comportamentos impactam outras pessoas: ensine a criança a considerar os sentimentos dos outros e a entender o impacto de suas ações. Por isso, explique porque está orientando que seu comportamento mude, que não se trata de implicância e, sim, de ensiná-la como conviver bem em qualquer ambiente levando em conta a empatia por todos que a rodeiam.

Mas, e os rótulos positivos? 

Embora elogios e rótulos positivos possam parecer bons, na verdade, não são tão inofensivos assim.

Rótulos como “gênio”, “perfeito” ou “fora da média” podem criar uma pressão excessiva sobre a criança para manter esses padrões elevados, resultando em ansiedade e medo de falhar. 

Quando uma criança é constantemente chamada de “muito inteligente”, ela pode começar a evitar desafios que a tirem da zona de conforto por puro medo de não atender às expectativas e, assim, arriscar perder o rótulo positivo.

Além disso, quando ela encontrar dificuldades, pode se sentir desmotivada ou incapaz, acreditando que seu valor está condicionado ao desempenho perfeito que o rótulo lhe impôs

No longo prazo, essa mesma criança pode se tornar perfeccionista demais, onde o menor erro é visto como um fracasso pessoal, tendo aversão ao risco e evitando novas experiências desafiadoras para não desiludir os pais ou a si mesma.

Quer outro exemplo? Uma criança rotulada como “artista” pode entender que deve se concentrar exclusivamente nas artes, negligenciando outras áreas de aprendizado onde também poderia ter muito sucesso – ou que fosse de seu interesse, mas não dar atenção, nunca soube. 

Sendo assim, evite rótulos de qualquer tipo, pois os pais devem focar em elogiar os esforços e a dedicação dos seus filhos nas coisas boas que fazem. 

Invista em comentários como “você se esforçou muito nisso, parabéns!” ou “admiro sua força e insistência nesse projeto, bom trabalho!”. Falas assim incentivam uma mentalidade de continuar crescendo, onde o foco está no processo e no aprendizado contínuo.

Agindo assim, os pais e educadores possibilitam que as crianças desenvolvam uma autoestima saudável baseada em suas próprias realizações, e não em rótulos idealizados.

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