Retinoblastoma é um tipo de câncer maligno que acomete os olhos de crianças entre 1 e 5 anos. O principal sintoma da doença é uma mancha branca que pode ser percebida com a incidência de luz. Porém, isso ocorre quando o tumor já está bem evoluído. Mas, existem outros sintomas, são eles:
- Estrabismo;
- Fotofobia;
- Inflamações e conjuntivite;
- Alterações no olho.
Se diagnosticado o quadro, o médico deve determinar o melhor tratamento que pode ser uma cirurgia, quimioterapia intravenosa ou outras opções. O que define isso é, principalmente, o estágio de avanço da doença.
Retinoblastoma: saiba tudo a respeito
Recentemente o apresentador Tiago Leifert veio a público acompanhado de sua esposa, Diana Garbin, falar sobre retinoblastoma. A pequena Luna, filha do casal de famosos, foi diagnosticada com esse quadro que é bem pouco conhecido, mas que requer muita atenção.
A doença que já é grave, se torna mais desafiadora por ser bastante silenciosa. E também por acometer principalmente crianças pequenas, que dificilmente mostram alguma queixa que ajude a identificar o problema.
Então, como os pais podem se antecipar para perceber o que está acontecendo? Por isso, hoje falaremos tudo sobre retinoblastoma e vamos abordar as principais dúvidas que surgiram sobre esse tema.
O que é retinoblastoma, afinal?
Conforme já dissemos, retinoblastoma é um tipo de câncer que acomete os olhos de crianças e pode ser de origem hereditária ou não. O tumor maligno se desenvolve na retina e causa um reflexo branco chamado de leucocoria. Esse reflexo acontece porque, conforme o tumor cresce ele acaba descolando a retina e gera essa mutação.
Embora seja o tipo mais comum de câncer nos olhos de crianças de 2 a 5 anos, ainda é considerado um quadro raro, com cerca de 400 novas ocorrências ao ano.
O fato de não ser tão frequente somado aos sintomas muito sutis faz com que infelizmente a doença seja identificada tardiamente na maioria das vezes. Isso acaba diminuindo muito as chances de cura e preservação da visão – e até da vida das crianças que têm essa doença.
Tipos de retinoblastoma:
Existem dois tipos de retinoblastoma: o unilateral e o bilateral.
O unilateral atinge apenas um dos olhos e é também chamado de esporádico. Isso porque ele surge de maneira aleatória a partir de uma modificação em uma das células.
Já o bilateral é de origem hereditária e atinge ambos os olhos. Existem pouquíssimas incidências de casos de bilateral que não sejam herança de um de seus pais.
O que causa o retinoblastoma?
O retinoblastoma é um câncer de que se sabe bem pouco. Não há muitas informações sobre como ele surge, exceto em casos de hereditariedade.
Isso também não significa que obrigatoriamente pais que tiveram a doença na infância vão repassá-la aos filhos. No entanto, as chances de isso acontecer são muito grandes.
Existem também algumas pesquisas que apontam uma relação entre o vírus HPV e o retinoblastoma. Como bem sabemos, o HPV é um dos causadores do câncer de colo de útero e pode ter alguma ligação com o câncer de retina.
Grupo de risco
Estudos apontam que cerca de 90% dos casos ocorrem em crianças de 0 a 5 anos. Essa é a faixa etária considerada como grupo de maior risco para desenvolver a doença.
Em geral os pais conseguem perceber o problema por volta de 1 a 2 anos de idade. Mas, como dissemos se trata de uma doença silenciosa e cujo único fator de risco concreto é os pais terem sofrido com o quadro na infância.
É possível identificar o retinoblastoma mais precocemente?
Apesar de ser uma doença com sintomas bem discretos, é possível observar alguns aspectos que ajudam a perceber o problema e quem sabe antecipar o tratamento. Esse é um dos pontos mais importantes!
O que torna o retinoblastoma perigoso é justamente o atraso no diagnóstico. Com isso a doença pode avançar para um estágio mais complicado, podendo levar a criança à cegueira ou a morte.
Então, preste atenção em nos sintomas:
Leucocoria:
Esse é o principal sintoma, lembra? Se trata de um reflexo branco que aparece nos olhos em algumas ocasiões, como nas fotografias.
Essa mancha branca significa que a luz está incidindo sobre a superfície do tumor. Também indica que a luz não está conseguindo penetrar além desse ponto.
Com isso, as vias óticas podem acabar atrofiando, o que leva a um quadro de cegueira. É importante esclarecer que olhos saudáveis refletem o flash de fotografia como vermelho, nunca branco.
Outros sintomas
Não é só a Leucocoria que pode servir como alerta para essa doença. Outros sintomas um pouco mais genéricos podem ajudar a identificar o quadro. São eles:
- Estrabismo: quando os olhos parecem desalinhados ou se movimentam de maneira independente, sem seguirem o mesmo fluxo;
- Fotofobia: fotofobia é uma sensibilidade exagerada à luz. Geralmente a criança não consegue ficar com os olhos abertos, demonstrando grande incômodo com a luminosidade;
- Aparência anormal do olho: espasmos, movimentos que pareçam involuntários ou repetitivos – como ficar jogando os olhos para um lado e para outro – são alguns sintomas importantes de serem investigados;
- Inflamações e Conjuntivites: inflamações e conjuntivites constantes também merecem atenção, e podem apontar algum problema ocular que demande mais cuidado.
A atenção redobrada é fundamental nos primeiros 5 anos de vida.
Qual especialista pode identificar e tratar a doença?
O médico que vai efetivamente tratar e diagnosticar um caso de retinoblastoma é o oftalmologista. Porém, o pediatra também pode ajudar a identificar o problema.
Por isso é tão importante manter as consultas em dia. Você deve fazer acompanhamentos frequentes, garantindo que a criança esteja devidamente assistida pelos especialistas.
Para isso, pode ser interessante contar com um quadro planejador para não perder nenhuma consulta.
Teste do olhinho:
O teste do olhinho é um exame crucial que ajuda a identificar diversos problemas oculares. Ele consiste em o pediatra apagar as luzes e usar uma lanterna para ilumina os olhos do bebê.
Esse exame é tão importante que se tornou obrigatório no atendimento da rede pública de saúde no Brasil e pode ser feito sem a presença de um oftalmologista.
O oftalmo geralmente é indicado quando o próprio pediatra, durante esse exame, identifica qualquer anomalia ou algum sinal preocupante. Esse é um dos exames mais eficazes para identificar retinoblastoma.
Tratamento para retinoblastoma
Os tratamentos para retinoblastoma em crianças também varia. O fator principal que determina o tratamento adequado é o estágio da doença.
Se identificada no começo, a enfermidade pode ser tratada de forma mais simples, menos agressiva e com melhores resultados. Conforme avança o quadro, mais agressivo o tratamento se torna.
Os tratamentos mais frequentes são:
- Cirurgia;
- Quimioterapia sistêmica;
- Quimioterapia intravítrea;
- Quimioterapia intra-arterial.
Somente a análise do quadro feita por um especialista pode determinar o melhor tratamento.
Descobri que meu filho tem a doença, o que fazer?
O retinoblastoma é um tipo de câncer que precisa ser devidamente tratado o quanto antes. O primeiro passo é manter a calma e juntamente com um médico especialista definir o plano de tratamento adequado.
No mais, é interessante se munir de informações que contribuam para amenizar a angústia do coração. Saiba que mais de 70% dos casos costumam obter bons resultados com o tratamento, segundo dados do Hospital Santa Marcelina, o percentual é de 71%.
Enfrentar situações como essa nunca é fácil, mas a união e amor são poderosos para superar obstáculos que podem parecer intransponíveis. Apenas faça o que precisa ser feito! Vai ficar tudo bem, você vai ver.