Olá, mamãe. Tudo bem? Você já deve ter se perguntado: “por que o meu filho não dorme”? Na verdade, as dificuldades para dormir não são um problema apenas dos adultos. Uma pesquisa apontada no jornal Hoje em Dia revela que 40% das crianças e dos adolescentes sofrem com a insônia infantil.
É realmente comum que isso aconteça em bebês, pois eles estão se adaptando a uma rotina que não existia no período em que estavam no útero. Mas essa situação se torna um pouco mais preocupante quando o seu filho já é crescidinho, ou seja, acima de cinco anos de idade.
Porém, o quadro pode ser revertido. Basta saber o que faz o pequeno ter dificuldades para pegar no sono. Neste post, você vai entender os motivos relacionados e descobrir como resolver o problema de vez. Vamos lá?
O que causa a insônia infantil?
A falta de sono pode se manifestar principalmente de dois jeitos. O primeiro é a dificuldade para adormecer ou sentir vontade de dormir, enquanto o segundo se refere a quando o sono é interrompido e não é possível dormir novamente durante a noite.
Se qualquer uma dessas situações acontece constantemente por pelo menos um mês, é hora de encarar o problema. Veja a seguir alguns fatores que podem levar a esse quadro.
Falta de rotina
Quando o dia a dia da casa ou da própria criança é muito indefinido, torna-se difícil estabelecer um horário definitivo para o sono. Se o pequeno dorme 8h na terça-feira e 10h na quarta-feira, por exemplo, o corpo dele começa a sentir o “baque”. Como resultado, pode ser bem complicado acordar mais cedo nos dias em que isso for necessário.
Ambiente inadequado para o sono
Cada pessoa tem suas manias para dormir. Algumas gostam de deixar a TV ligada, enquanto outras preferem alguma claridade ou o silêncio total.
As crianças com insônia infantil também precisam ter um ambiente acolhedor para que peguem no sono. Se a temperatura estiver inadequada (muito quente ou muito fria), a iluminação não for a correta ou houver barulho em excesso, o pequeno pode se sentir extremamente incomodado e demorar a dormir.
Terror noturno
É comum que as crianças, especialmente as que estão na fase mais fantasiosa, tenham medo de lendas como o bicho papão e o monstro que mora debaixo da cama ou no armário. Os pesadelos também costumam assustá-las bastante, fazendo-as acordarem chorando e correndo para o seu quarto.
Outro fator comum é o famoso xixi noturno, que pode fazê-las até se sentirem culpadas quando percebem o que aconteceu. Muitos pequenos acabam recorrendo à velha tática de dormirem na cama da mamãe, achando que isso vai eliminar o medo que sentem. No entanto, essa prática pode mimá-los e deixá-los ainda mais dependentes dos adultos.
Excesso de estímulos durante o dia
Se a criança tem um dia a dia muito intenso e essa agitação se estende até a noite, ela vai levar mais tempo para realmente entrar no período do sono. A atividade física é muito importante, mas pode interferir negativamente no sistema biológico quando feita em excesso, deixando o organismo “ligado” por mais tempo do que deveria.
Outro estímulo negativo é o uso excessivo de eletrônicos. Caso o pequeno passe mais tempo jogando videogame do que estudando ou brincando, terá dificuldade de manter a concentração — e, consequentemente, o sono será afetado.
Problemas de saúde em geral
Problemas respiratórios e/ou metabólicos, roncos, alergias, bruxismo, obesidade infantil, refluxos, apneias, má alimentação: tudo isso pode interferir na hora de dormir. Muitas vezes, a falta de sono é um sinal de que algo a mais está acontecendo com o seu filho.
Além das questões físicas, se a criança estiver preocupada com algum acontecimento, apresentar um trauma recente ou sofrer bullying na escola, pode ter um quadro de insônia infantil desencadeado por questões sentimentais.
Como resolver o problema definitivamente?
Se os transtornos para dormir não forem tratados, a criança corre o risco de se tornar mal-humorada, dependente, triste e ansiosa. Além disso, ela pode apresentar problemas de crescimento, memória, desempenho escolar e sociabilidade.
Vimos que as causas para que o seu filho não tenha um sono adequado podem ser variadas. Por isso, mamãe, saiba o que é necessário para solucionar essa insônia infantil e não deixá-la interferir na vida adulta do pequeno.
Vá ao pediatra
A visita periódica ao médico (uma vez a cada semestre, no mínimo) é muito importante, independentemente se a criança apresentar algum sintoma ou não. Em especial no caso de problemas para dormir, o profissional realizará uma investigação bem apurada para prescrever o tratamento que for mais adequado.
Se o problema for respiratório, por exemplo, ele pode encaminhar o seu filho a um alergista, pneumologista ou otorrinolaringologista. Caso seja algo psicológico, um terapeuta infantil será indicado para lidar com a questão. Já fatores relacionados ao metabolismo e à obesidade podem ser trabalhados por endocrinologistas e nutricionistas especializados.
Dê mais autonomia para a criança
É comum que a criança seja muito apegada a você e queira dormir ao seu lado todas as noites. Mas é essencial fazê-la compreender que isso não deve acontecer para sempre. Use o reforço positivo para incentivá-la a dormir em sua própria cama, mostrando-a que nada de ruim vai acontecer durante o sono.
Dependendo da idade do seu filho, é legal estabelecer um “ritual” antes de dormir, como ler, cantar uma música suave, entre outros. Mas evite o ato de ninar (ou seja: sacudir a criança), pois ela aprenderá a só pegar no sono se estiver em movimento.
Tenha uma rotina preestabelecida
Sabemos que a maternidade traz vários desafios — um deles é o de estabelecer horários para as mamães e os pequenos. Embora o nosso dia a dia seja imprevisível, o ideal é que o deles seja o mais regrado possível, no sentido de existirem tarefas adequadas para cada momento.
Às vezes, trocar o turno em que a criança estuda pode fazer uma diferença enorme. Se ela vai para a escola à tarde, mas tem atividades de manhã em horários diferentes a cada dia, fazendo-a acordar cedo em um e mais tarde no outro, a troca pode ser bastante vantajosa.
Também é indicado repensar o número e a frequência de atividades fora da escola. Será que o pequeno realmente precisa fazer natação, inglês, karatê, dança, vôlei, judô, artesanato e reforço escolar em uma mesma semana? Priorize as atividades das quais ele mais gosta e que são essenciais para sua vida.
Adapte o ambiente
O ideal é que a cama seja confortável, segura e com roupas de cama hipoalergênicas, ou seja, que não causem alergias. O quarto deve ser bem calmo (e a sujeira, eliminada diariamente). Além disso, se for necessário, altere a decoração:
- use cores mais suaves na parede, que não sejam tão estimulantes;
- diminua o número de pelúcias, tapetes, objetos decorativos e almofadas, para evitar poeira;
- instale um abajur ou uma lâmpada regulável caso a criança realmente só consiga dormir com um pouco de luz acesa;
- evite ventiladores e use climatizadores, que costumam ser mais fáceis de limpar e podem até vir com umidificadores;
- se possível, não instale ou permita eletrônicos no quarto do pequeno (celular, computador, TV, som), para evitar distrações inclusive durante o dia.
Como vimos, os problemas que levam à falta de sono são vários, mas podem ser solucionados se forem identificados corretamente. Apesar de ser um problema comum, as dificuldades para dormir não devem ser ignoradas. Tenha bastante paciência e carinho com o seu pequeno nesses momentos, mamãe. Afinal, uma boa noite para ele significa um bom período de descanso para você.
Pronto: agora você já sabe responder à pergunta “por que o meu filho não dorme?”. Que tal passar esse conhecimento sobre insônia infantil adiante para outras mamães? Compartilhe nosso conteúdo em suas redes sociais!