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Hiperativo ou apenas agitado?

Desde cedo, as crianças passam por diversas fases de energia e disposição. Algumas apresentam momentos de muita atividade, enquanto outras são naturalmente mais calmas. 

Porém, quando a agitação se torna frequente e interfere nas atividades escolares, nos momentos de lazer e até mesmo na convivência familiar, é importante observar e refletir sobre o que está acontecendo, afinal. 

Nem sempre uma criança que se mostra ativa deve receber um rótulo ou ser considerada com um problema de atenção; muitas vezes, ela pode estar apenas reagindo ao ambiente, à rotina ou até mesmo ao seu próprio desenvolvimento.

Hiperatividade e agitação

O termo “hiperatividade” é amplamente utilizado para descrever um padrão de comportamento definido por alta energia, impulsividade e dificuldade de manter a atenção em alguma atividade por períodos prolongados. 

Por outro lado, “agitação” pode ser definida simplesmente como a resposta natural de uma criança a estímulos externos ou a um dia atarefado. 

Mas, para os pais, fica o desafio de diferenciar uma coisa da outra para lidar com a situação de forma adequada. 

Por isso, é preciso observar o contexto em que ocorre, as características individuais da criança e o impacto que essas atitudes têm no seu dia a dia.

Diferenças entre ser hiperativo e estar agitado

Uma criança hiperativa geralmente demonstra um conjunto de comportamentos que vão além do simples fato de estar em movimento. 

Ela pode apresentar impulsividade nas interações, dificuldade em seguir instruções e problemas para se concentrar em tarefas específicas. 

Sendo assim, esses sinais se manifestam consistentemente em vários ambientes, como em casa, na escola e em situações sociais. 

Em contrapartida, uma criança agitada pode estar apenas respondendo a um momento específico: um ambiente barulhento, uma rotina diferente ou até uma situação de estresse pontual.

Por exemplo, em um dia muito movimentado na escola, é natural que uma criança se sinta mais inquieta e tenha dificuldade em se concentrar. 

Mas, a inquietação pode diminuir assim que o ambiente se acalma ou quando ela tem chance de descansar. 

Já a hiperatividade é um padrão constante, que persiste independentemente das condições do ambiente. 

Compreender essa diferença é fundamental para que pais e educadores consigam entender o que uma criança realmente precisa e como ajudá-la da maneira correta.

Causas que podem desencadear a agitação

Diversos fatores contribuem para que uma criança se mostre muito ativa ou agitada, e uma das principais causas é o ambiente. 

Situações com muitos estímulos – como locais barulhentos, festas ou até mesmo dias com muita atividade na escola – podem sobrecarregar a criança. 

O excesso de estímulos acarreta no acúmulo de energia que, ao não ser canalizado, se transforma em inquietação.

Outra possibilidade é a falta de sono ou uma rotina de descanso irregular. Isso porque, bebês e crianças que não dormem o suficiente tendem a ficar irritados e com dificuldade para manter a concentração. 

Questões alimentares também podem influenciar. Uma dieta pobre em nutrientes essenciais ou hábitos alimentares desregulados podem afetar os níveis de energia da criança, contribuindo para que ela se sinta mais agitada. 

Ademais, a qualidade dos alimentos e o horário das refeições são pontos importantes a serem observados.

Por fim, fatores emocionais e psicológicos desempenham um papel importante, pois crianças que vivenciam conflitos familiares, mudanças na rotina ou até mesmo a pressão por desempenho na escola podem apresentar respostas mais intensas. 

Em alguns casos, traumas ou experiências negativas passadas podem se manifestar por meio de comportamentos hiperativos, como uma forma de compensar a sensação de insegurança.

Como identificar se é hiperatividade

Observar o comportamento da criança em diferentes contextos é fundamental para entender se estamos diante de um quadro de hiperatividade. Veja 3 pontos chaves que podem ajudar nessa avaliação:

  • Persistência do comportamento: se uma criança mostra dificuldade de manter a atenção e se movimenta sem parar em vários locais – tanto em casa quanto na escola – isso indica um padrão de hiperatividade. Por outro lado, essas atitudes ocorrem apenas em situações específicas, pode ser apenas uma resposta ao ambiente.
  • Reação à instruções: a dificuldade de seguir instruções ou a impulsividade durante as atividades também é um indicativo. Se uma criança tem dificuldades sérias para se concentrar na realização de tarefas, cujas orientações foram claras, isso aponta para hiperatividade.
  • Impacto nas atividades diárias: se o comportamento agitado interfere substancialmente na rotina da criança – seja no aprendizado, nas interações com colegas ou nas atividades em família – é um sinal de que pode haver algo mais do que apenas agitação momentânea.

Estratégias para lidar 

Independentemente de a criança ser hiperativa ou apenas estar agitada em momentos específicos, existem maneiras de ajudar a administrar tudo.

Primeiro, é importante criar uma rotina, pois a previsibilidade nas atividades do dia a dia ajuda a criança a entender o que esperar e reduz a ansiedade. 

Nesse sentido, horários regulares para refeições, sonecas e brincadeiras podem fazer uma grande diferença. 

Afinal, quando a criança sabe que, após o almoço, haverá um momento de descanso ou diversão, ela se sente mais segura e menos propensa a respostas impulsivas.

O ambiente também conta muito. Por isso, diminuir o excesso de estímulos pode ajudar bastante. 

Pode ser útil criar um cantinho especial, onde seu filho possa ser colocado quando precisar se acalmar e diminuir o ritmo.

Incentivar atividades físicas e criativas também é fundamental, pois a energia acumulada precisa de um canal para ser liberada de forma assertiva. 

Em contrapartida, momentos de atividades mais calmas, como leitura, desenhos ou quebra-cabeças, ajudam a equilibrar a rotina.

Buscando apoio e avaliando a necessidade de intervenção

Embora muitos comportamentos infantis – que os adultos julgam como “incorretos” – façam parte do desenvolvimento normal, há momentos em que pode ser útil buscar ajuda profissional. 

Mas, é importante lembrar que procurar apoio não significa que algo esteja errado com a educação da criança, mas sim que, às vezes, uma orientação externa pode ajudar a encontrar maneiras mais eficazes de lidar com certos tipos de problema. 

Muitos pais descobrem que, ao compartilhar suas preocupações com profissionais especializados, conseguem implementar estratégias individualizadas que tornam o dia a dia mais tranquilo para toda família.

Por fim, a certeza de que é necessário apoio de especialistas não deve nunca ser visto como um fracasso, mas como um recurso para que pais e cuidadores tenham mais ferramentas para lidar com os desafios que a educação das novas gerações traz.

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