A amamentação nunca é igual para todas as mulheres. Enquanto para algumas o processo flui facilmente, para outras pode ocorrer justamente o inverso.
Talvez por conta disso, outros tipos de amamentação foram sendo testados e validados ao longo do tempo. Isso sem dúvidas já ajudou inúmeras mães a transporem suas dificuldades com o ato de amamentar.
Portanto, além do aleitamento materno tradicional e da mamadeira com fórmula, há mais alternativas nos dias atuais.
Nesse contexto, vamos falar hoje sobre o Finger Feeding, um dos tipos de amamentação que também é conhecido como “amamentação pelo dedo”.
Essa é uma opção eficiente para manter o aleitamento materno quando existe alguma impossibilidade de oferecer o peito diretamente.
Amamentação pelo dedo, como assim?
Para entender mais, acompanhe a leitura e saiba mais sobre essa técnica agora.
Finger Feeding: conheça mais sobre esse tipo de amamentação
Em tempos mais antigos, o período de amamentação era uma espécie de demanda praticamente exclusiva da mulher. Para as mães de primeira viagem, por mais que houvesse preparo com antecedência, geralmente amamentar não era uma experiência facilmente vivenciada.
No entanto, atualmente, já existem diferentes tipos de amamentação, e um deles é o Finger Feeding, que pode inclusive permitir que os papais atuem mais ativamente no período de amamentação, caso a mãe não possa fazê-lo.
Mas, calma. A produção do leite e a capacidade de alimentar o bebê pelo seio continua sendo do sexo feminino. Pelo menos do ponto de vista biológico.
Porém, com o método Finger Feeding, que também é conhecido como amamentação pelo dedo ou técnica sonda-dedo, o papai ou outra pessoa consegue experimentar uma sensação semelhante a que a mamãe sente enquanto o bebê está sugando o leite.
Entretanto, isso só deverá ser feito com orientação e acompanhamento especializado. Isso porque é necessário domínio da técnica antes de aplicá-la.
Quando esse tipo de amamentação é indicada
Inicialmente a técnica Finger Feeding foi atrelada ao estímulo da sucção, deglutição e amadurecimento da respiração, sobretudo em bebês prematuros ou que detinham problemas neurológicos.
Isso porque, no caso dessas crianças, certas funções orais não existiam ou estavam seriamente comprometidas.
Como a técnica pode ser aplicada por qualquer pessoa previamente capacitada, tem sido amplamente utilizada em UTI neonatal, principalmente por fonoaudiólogos.
Para bebezinhos prematuros, o Finger Feeding antecede a pega diretamente no seio da mãe, pois o método aprimora a coordenação e trabalha outros reflexos essenciais da criança.
Sendo assim, quando a técnica é indicada visa amadurecer as habilidades do bebê nos seguintes aspectos:
- Postura oral correta;
- Força da sucção;
- Pressão e ritmo;
- Pausas na sucção;
- Tônus dos músculos da região.
Dessa forma, o bebê desenvolve as aptidões necessárias para evoluir e prosseguir com a alimentação por outras vias, principalmente a amamentação tradicional no seio da mãe.
Como funciona o Finger Feeding
O Finger Feeding é um dos tipos de amamentação que também pode ser utilizado pelas mães que desejam manter o aleitamento materno, mas que por alguma razão não podem oferecer o seio diretamente ao bebê.
Isso pode acontecer por várias razões, como por exemplo, quando o seio está muito machucado ou o bebê não consegue sugar o leite de maneira efetiva.
Desse modo, é acoplado no dedo – geralmente o mindinho – uma pequena sonda, que por sua vez está conectada a um recipiente com o leite materno.
Ou seja, uma extremidade é fixada no dedo e a outra é inserida dentro do frasco com o líquido. Sendo assim, o leite oferecido pode ser da própria mãe ou de algum banco de leite.
O bebê vai sugar o dedo da mesma forma que faria durante a amamentação convencional, mas o leite passará pela sonda mergulhada no recipiente .
Essa técnica possibilita que qualquer pessoa – previamente preparada e capacitada neste método – possa alimentar a criança.
O Finger Feeding é uma forma de relactação
Sim, o Finger Feeding também é considerado um tipo de relactação, ou seja, uma maneira para lidar com a dificuldade na amamentação. Mas, ela se aplica principalmente a bebês mais jovens, nos primeiros meses de vida.
Porém, no que diz respeito à translactação e relactação, existem outras opções.
Se você está enfrentando dificuldades para amamentar nesse sentido, é interessante conhecer mais alternativas para que possa decidir qual é a ideal para o seu caso. Confira esse conteúdo.
O Finger Feeding pode substituir o aleitamento materno comum?
A resposta é sim, porém com ressalvas e apenas durante um breve período, que deve ser estabelecido por um profissional especialista que acompanha o caso.
A técnica é uma alternativa temporária ao aleitamento materno convencional. A ideia essencial desse método é ser uma opção para não fazer uso da mamadeira, sobretudo nos primeiros meses de vida do bebê.
Além disso, dependendo da idade e das condições de saúde do bebê, pode se tratar de uma indicação médica, e não necessariamente de uma escolha dos pais.
Se a criança não tiver condições de se alimentar por outras vias durante um período, o Finger Feeding é, sim, uma boa escolha.
Finger Feeding versus amamentação convencional
Primeiramente, é importante esclarecer que a falta de estímulo no seio, que só é feito por meio da sucção do bebê, pode reduzir e até cessar a produção do leite – o que levaria a criança a desmamar precocemente.
Lembre-se também, que a amamentação pelo peito traz benefícios em outros aspectos que vão além do simples ato de alimentar a criança.
Assim, dentre os tipos de amamentação, o convencional continua sendo aquele que mais ajuda no fortalecimento do vínculo entre mãe e filho. Mas, claro, não é o único.
Evidentemente, mães que não amamentam poderão trabalhar a conexão com o bebê de outras maneiras.
Desse modo, o uso da técnica deve ser avaliado juntamente com um médico especialista, levando em conta a premissa de que a mãe ou o bebê tenham algum empecilho para manter o aleitamento materno tradicional.
Quando optar pelo tipo de amamentação Finger Feeding
Os pais podem optar pela técnica quando um profissional especialista fizer essa recomendação.
Por aqui, já falamos diversas vezes sobre a importância de manter visitas regulares ao pediatra, pois ele é a pessoa mais indicada para passar orientações sobre a saúde e os cuidados com a criança. Isso inclui direcionar os pais na busca de outros especialistas.
Sendo assim, caso deseje experimentar o Finger Feeding, leve até o pediatra essa demanda e converse a respeito.
Cada caso deve ser analisado de forma individualizada, pensando no bem-estar e saúde da mãe, e principalmente do bebê.