O corpo de uma mulher passa por inúmeras transformações durante a gravidez, algumas das quais podem perdurar no pós-parto.
A aceitação dessas mudanças nem sempre é fácil, especialmente em uma sociedade que muitas vezes idealiza um padrão inatingível de beleza e perfeição, mesmo sabendo que é totalmente natural que o corpo feminino mude após acomodar o desenvolvimento de um bebê por 40 semanas.
Comentários insensíveis ou julgamentos externos podem acabar afetando a autoestima e a confiança das mulheres em um período delicado, onde ela está se familiarizando com seu novo papel de mãe – na prática – ao mesmo tempo que seu corpo e mente se recuperam do parto.
A importância do respeito
Cada pessoa tem sua própria história e todas – absolutamente todas – merecem ser respeitadas.
Algumas mulheres conseguem manter uma boa forma física durante e após a gravidez, seja por meio de uma genética que as favorecem, ou através da prática regular de exercícios somadas a uma alimentação equilibrada.
Mas, essa é apenas uma das realidades possíveis e não a única. A verdade é que nem todas as mulheres conseguem esse feito e nem toda gestação transcorre tranquilamente.
Por outro lado, muitas mães enfrentam mudanças significativas no corpo ainda durante a gestação e apesar delas, desejam encarar essas transformações como parte natural da maternidade.
Ou seja, apesar das alterações corporais nem sempre serem vistas como positivas, essas mulheres decidem aceitar seu corpo pós-parto valorizando as marcas que a maternidade deixou.
O ponto é que cada mulher deve ter o direito de decidir como deseja lidar com as mudanças em seu próprio corpo. Isso significa aceitá-las ou tentar repará-las, independentemente da pressão externa em relação a padrões de beleza.
Não existe uma abordagem 100% correta para essa questão, e é fundamental respeitar a jornada pessoal de cada mulher. O mais importante é que cada uma se sinta confortável e confiante em sua própria pele.
Desafios emocionais e pressões sociais
É importante reconhecer que a pressão para se recuperar rapidamente após o parto e voltar à forma física pré-gravidez pode contribuir para sentimentos de inadequação e baixa autoestima entre as novas mães.
As mídias sociais e a cultura da comparação aumentam ainda mais essas pressões, criando expectativas irreais e alimentando a insegurança da mulher em relação às novas formas físicas.
Nesse contexto, entender que o corpo pós parto precisa ser acolhido e não criticado após ter passado por tantas coisas, torna-se essencial para o bem-estar emocional e mental dessas mulheres.
Aceitação do corpo pós-parto
A aceitação do corpo pós-parto não significa resignação ou falta de motivação para cuidar da saúde e do bem-estar físico.
Pelo contrário, trata-se de reconhecer e valorizar as mudanças que ocorreram durante a gravidez e o parto, enquanto se adota uma abordagem gentil e compassiva consigo mesma.
Abaixo seguem 3 dicas para promover essa aceitação:
1. Autocompaixão: em vez de se criticar ou se comparar com padrões inatingíveis ou mostrados apenas em redes sociais, pratique a autocompaixão sendo gentil consigo mesma. Reconheça que seu corpo passou por uma jornada incrível e que mais do que nunca merece amor e cuidado, independentemente de sua aparência física.
2. Mentalidade positiva: desenvolva uma mentalidade positiva, focando em tudo o que seu corpo é capaz de realizar, em vez de se concentrar em suas imperfeições percebidas. Agradeça verdadeiramente por tudo que ele proporcionou a você e ao seu filho durante a gravidez e o parto.
3. Priorize o bem-estar: tire o foco da estética e priorize o bem-estar físico, emocional e mental. Dedique-se a hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, atividade física e cuidados com a saúde mental, concentrando-se nos benefícios que esses cuidados básicos trazem para o seu corpo e sua mente. A estética fica em segundo plano, por ora.
A experiência do pós-parto é profundamente individual e completamente pessoal. Desse modo, é essencial considerar e honrar a diversidade de experiências e emoções que cada mulher enfrenta nesse período.
Assim, o mais importante é que cada mulher se sinta valorizada e respeitada para tomar as melhores decisões para si mesma e para sua saúde física e emocional.
Se isso incluir procedimentos estéticos amparados por liberação médica está tudo bem. Porém, se não for esse o caso, tudo continua mais do que bem.