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 Meu filho não quer dançar na apresentação escolar, e agora?

Ver o filho numa apresentação escolar é uma experiência marcante para muitos pais. Afinal, a alegria e emoção de ver a criança no palco, seja dançando, cantando ou interpretando, é um momento que costuma ser muito esperado pelos adultos que cuidam dela. 

Mas, nem sempre a criança compartilha dessa expectativa, deixando claro a sua recusa em participar desse tipo de evento. Quando isso acontece, os pais sentem a preocupação ganhar terreno,  pois não sabem ao certo como lidar com a questão. 

Nesse contexto, o primeiro aspecto a considerar é que o palco não é confortável para todos, e os motivos por trás da resistência que seu filho demonstra podem ser tão diversos quanto as crianças são únicas.

Contudo, vale dizer que comumente uma das razões para a criança não querer dançar na apresentação da escola se relaciona com algum nível de timidez ou ansiedade social. 

Isso porque, algumas crianças se sentem nervosas ​​diante da ideia de se exporem para uma platéia, especialmente se acreditam que serão julgadas ou têm muito medo de cometer erros. 

Já em outros casos, a questão pode não ser o nervosismo, mas uma simples falta de interesse, pois nem toda criança gosta de dançar ou se identifica com a proposta da apresentação – e isso é absolutamente normal. 

O ponto é: você precisa antes de tudo compreender porque seu filho não quer participar do evento escolar, pois só assim poderá intervir de forma assertiva.

5 motivos para seu filho não querer dançar na apresentação da escola

  1. Timidez ou desconforto social: estar no palco, em frente a um grande público, é assustador para pessoas mais reservadas ou que ainda estão aprendendo a se sentir confortáveis ​​em interações sociais.
  2. Medo de falhar: o medo de errar, de ser mal avaliado por outros ou até ser motivo de risos é real para muitas crianças. Em sua imaginação, elas podem antecipar cenários bem negativos, gerando ansiedade.
  3. Falta de identificação com a atividade: existem crianças que não se identificam com dança ou teatro, e está tudo bem. Afinal, assim como os adultos, os pequenos têm preferências e gostos próprios.
  4. Experiências negativas anteriores: se em um evento anterior, seu filho se deparou com um comentário ou situação constrangedora, tal fato pode ter deixado marcas que dificultam a participação em novas apresentações .
  5. Cansaço físico: ensaio após ensaio, combinado às demandas escolares ou outras atividades que a criança já tem em sua agenda, pode transformar algo que deveria ser divertido em uma tarefa muito exaustiva.

Como pais, é essencial abordar a situação com empatia e respeito. Entenda o real motivo por trás da recusa do seu filho, investindo em um diálogo sincero, onde a criança tenha espaço para explicar seus sentimentos sem ser pressionada. 

Ouvindo seu filho, você poderá perceber que há uma razão específica para ele estar evitando a apresentação escolar, e assim poderá apoiá-lo corretamente.

Estratégias para lidar com o problema

  • Ensaiar em casa

Às vezes, o medo da apresentação escolar vem do desconhecido. Desse modo, praticar a coreografia em um ambiente seguro pode ajudar seu pequeno a se sentir mais confiante. 

Sendo assim, transforme o ensaio em um momento divertido e sem pressão, dançando junto com seu filho em casa.

  • Mostrar histórias de sucesso

Compartilhar exemplos de outras crianças que superaram seus medos ou cometeram erros sem que isso fosse um problema pode ser muito encorajador. 

Dessa forma, mostre vídeos divertidos de apresentações escolares onde tudo deu certo — mesmo com pequenos tropeços.

  • Papéis alternativos

Se dançar realmente não é algo que sua criança quer, sugerir que ela participe de outra forma, como ajudando nos bastidores ou até mesmo tocando um instrumento que ela conheça. 

Isso fará com que ela se envolva na apresentação sem se sentir exposta. Caso essa opção seja bem aceita, converse com a escola a respeito para juntos verificarem a possibilidade.

  • Participação reduzida

Em vez de insistir para que seu filho participe da apresentação escolar na totalidade, proponha um meio termo. 

Por exemplo, ele pode subir no palco, mas ficar na lateral em uma área menos exposta ou dançar apenas uma parte da música. Verifique com a equipe de ensaio na escola a viabilidade dessa alternativa.

  • Combinar uma saída estratégica

Para crianças que concordem em participar da apresentação, mas demonstram que estão realmente tensas, combine que se a exposição se tornar insuportável ela sempre têm a opção de sair do palco por uma determinada saída.

Pode não parecer, mas o simples fato de saberem que caso decidam poderão “escapar”, ajuda muito a diminuir a ansiedade.

  • Pedir apoio à escola

Dialogar sobre o problema com os professores e a equipe pedagógica ajuda muito a enxergar novas perspectivas sobre como lidar com a recusa da criança. 

Afinal, os educadores devem ter experiência no auxílio de alunos tímidos ou inseguros, podendo sugerir estratégias que os pais ainda não consideraram. 

E se a criança decidiu que não vai mesmo participar da apresentação escolar?

Por mais frustrante que seja para os pais, é importante considerar que, em algumas situações, a decisão mais saudável pode ser simplesmente respeitar a vontade da criança de não participar. 

Isso porque, forçá-la a subir no palco contra sua vontade pode gerar traumas ou associações negativas com futuras apresentações.

Além disso, os pais devem prestar atenção em como lidam com suas próprias expectativas. 

Muitas vezes, a insistência para que a criança participe de uma apresentação escolar reflete o desejo de apenas atender a expectativas sociais. Portanto, é essencial separar os próprios desejos das necessidades reais do seu filho.  

Se todas as suas tentativas de reverter a recusa da criança falharem, resta-lhe apenas demonstrar apoio na escolha dela. Agir assim é importante para fortalecer a confiança entre vocês. 

Use frases como “eu entendo porque você não quer participar, e está tudo bem, vamos assistir juntos e torcer pelos seus amigos“. Falas como essa mostram ao seu filho que a opinião dele é valorizada e sua decisão respeitada.

Tirando benefícios da situação

Esse tipo de experiência também é uma oportunidade para refletir sobre como ajudar seu filho a construir confiança e resiliência ao longo do tempo. 

Assim, você pode pensar em formas de incluir mais desafios relacionados à exposição, focando em um ambiente onde errar seja visto como parte do aprendizado e evolução de qualquer pessoa. 

Agindo assim, os pais ressaltam que a criança é amada e valorizada pelo que é, e não apenas pelo que faz, o que a ajudará na decisão de experimentar coisas novas com mais coragem.

Quando os pais reforçam que tentar algo, mesmo que dê errado, é uma vitória em si, a criança aprende a ter uma atitude mais positiva diante de obstáculos onde ela pensa que pode falhar.

De tudo, o aprendizado mais valioso, tanto para o filho quanto para os pais, é o de respeitar os limites e tudo bem não gostar ou não querer fazer algo que não se identifica. 

Com empatia, paciência e amor, essas situações podem ser transformadas em experiências de crescimento para toda a família.

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