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Você conhece o efeito vulcânico nos bebês?

O efeito vulcânico não é bem um termo científico oficial, mas uma maneira figurativa de descrever como os bebês acumulam frustrações, cansaço ou estimulações excessivas até que, eventualmente, expressem tudo isso em forma de choro ou muita irritação.

Assim como um vulcão não entra em erupção de forma repentina, dando indícios antes que a explosão ocorra, o comportamento dos bebês também mostra sinais prévios de que algo está incomodando antes que comece a chorar incessantemente. 

Eles agem assim porque ainda não têm maturidade emocional ou capacidade de linguagem para articular seus sentimentos, então acumulam pequenos desconfortos ao longo do dia até que chegam ao ponto de não conseguirem mais dar conta de tudo.

Por isso, o choro, as birras ou até mesmo comportamentos como resistir ao sono ou recusar alimentos são, muitas vezes, a manifestação desse acúmulo. 

Desse modo, não se trata de algo proposital; é simplesmente a maneira que as crianças pequenas conseguem lidar diante de um mundo que ainda está aprendendo a compreender.

O que leva ao efeito vulcânico?

Muitas situações cotidianas que parecem sem importância para os adultos podem ser enormes gatilhos para os pequenos:

  • Sobrecarga de estímulos

Bebês são muito sensíveis ao ambiente ao seu redor. Portanto, locais barulhentos, lotados de pessoas ou com luzes fortes podem ser altamente desgastantes para eles. 

Crianças muito pequenas ainda não têm um sistema nervoso totalmente desenvolvido, o que significa que filtrar ou processar muitos estímulos pode rapidamente levá-las a um estado de exaustão emocional.

Por exemplo, um simples passeio ao shopping, para os adultos, pode ser uma atividade rotineira, mas para um bebê, é uma experiência repleta de sons, cheiros e movimentos novos que podem deixá-lo bastante sobrecarregado.

  • Cansaço acumulado

O sono é essencial para o bem-estar do bebê e quando ele não dorme o suficiente ou tem a rotina de sonecas interrompida, fica mais suscetível a crises emocionais. 

Por isso, é bem importante lembrar que o cansaço não afeta apenas o corpo, mas também a capacidade do bebê de lidar com seus desconfortos.

  • Mudanças na rotina

Bebês encontram segurança na previsibilidade e alterar horários de refeições, banhos ou brincadeiras pode deixá-los confusos e até ansiosos. Até mesmo viagens ou visitas a lugares diferentes podem ser gatilhos para um acúmulo emocional.

  • Fases de desenvolvimento

Marcos importantes do crescimento, como aprender a engatinhar, andar ou falar, exigem muita energia física e emocional das crianças. 

Então,durante essas fases, eles tendem a ficar mais irritados, pois estão processando muitas mudanças ao mesmo tempo.

  • Desconfortos físicos

Coisas aparentemente pequenas, como calor, frio, fraldas molhadas ou roupas incômodas, podem contribuir para acumular desconfortos ao longo do dia. 

Porém, ressaltamos, que os bebês ainda não conseguem verbalizar o que sentem, e esses fatores podem acabar sendo parte da “erupção” final.

Como identificar os sinais de uma “erupção” iminente?

Estar atenta ao comportamento do bebê é a melhor forma de notar e prevenir as crises do efeito vulcânico. Afinal, antes de chegarem ao ponto de choro intenso, muitos bebês mostram sinais de que algo não está bem, por exemplo:

  • Choro leve ou resmungos que vão aumentando gradualmente;
  • Perda de interesse em brinquedos ou atividades que normalmente o entretêm;
  • Movimentos corporais mais intensos, como mexer muito as pernas ou esfregar os olhos;
  • Rejeitar comida ou mamadeira, mesmo estando com fome;
  • Buscar contato constante ou, ao contrário, demonstrar irritação com o colo.

O que fazer durante uma crise de efeito vulcânico?

Quando o bebê está no auge de uma crise, sua principal necessidade é sentir-se seguro e acolhido. Abaixo seguem dicas estratégicas que podem ajudar:

Calma

É natural que momentos de muito choro sejam estressantes para os pais, mas é importante lembrar que os bebês captam facilmente o estado emocional dos adultos ao seu redor. 

Logo, manter a calma e falar com uma voz suave ajudará o pequeno a se acalmar mais rapidamente.

Ofereça conforto físico

Dar colo, embalá-lo ou fazer contato pele a pele são formas reconhecidamente eficazes de passar segurança. Muitas vezes, o simples ato de estar perto aconchegando o bebê é o suficiente para que ele comece a relaxar.

Menos estímulos

Se o ambiente estiver muito agitado, leve o bebê para um local mais calmo, com menos luzes, cheiros e barulhos. Isso ajuda a minimizar a sobrecarga sensorial e gera um momento onde ele pode se reequilibrar.

Tenha paciência com o tempo do bebê

Às vezes, mesmo fazendo de tudo, o choro não para imediatamente e pode ser frustrante. Contudo, respeite o tempo do bebê e continue oferecendo suporte até que ele se sinta mais tranquilo.

3 formas de prevenir o efeito vulcânico

Embora nem sempre seja possível evitar essas crises, é possível agir para diminuir as incidências:

1.Estabeleça uma rotina previsível: horários para alimentação, sonecas e brincadeiras ajudam o bebê a se sentir mais seguro no dia a dia. Mas, durante momentos de alta estimulação, como festas ou passeios, faça pequenas pausas para que o bebê descanse longe do tumulto e processe o ambiente. 

2. Perceba os sinais de cansaço: fique atenta aos apelos de que o bebê precisa de descanso, como esfregar os olhinhos, bocejar com frequência ou ficar mais irritado. Intervir antes que tudo se acumule ajuda a evitar crises maiores.

3. Priorize o contato físico: muitas vezes, a simples presença reconfortante de um cuidador traz segurança ao bebê, evitando que seus desconfortos se intensifiquem.

É importante lembrar que lidar com o efeito vulcânico não significa apenas conter crises, mas também ensinar o bebê, desde cedo, a controlar suas emoções. 

Quando os adultos demonstram paciência e empatia em momentos complexos, o bebê começa a internalizar esses comportamentos e tende a absorvê-los.

Quando procurar ajuda profissional?

Embora o efeito vulcânico seja parte natural do desenvolvimento infantil, há fases em que pode ser útil buscar orientação de um pediatra. 

Caso você perceba que as crises são muito frequentes, intensas e prejudicam o bem-estar do bebê, uma avaliação mais detalhada pode identificar possíveis causas subjacentes, como refluxo, alergias alimentares ou outras condições que provocam desconforto e culminam com a erupção emocional.

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