Já Conhece nossas Etiquetas Termofix ? Perfeitas para Identificar seus Uniformes!

Mutismo seletivo: você sabe o que é?

O mutismo seletivo é um transtorno que atinge principalmente crianças. Ele é caracterizado pela incapacidade persistente de falar em determinadas situações sociais, mesmo quando o indivíduo é capaz de se comunicar por meio da fala normalmente, em outras circunstâncias. 

Este transtorno pode ser bastante desafiador tanto para a criança quanto para os pais, pois pode interferir significativamente na vida diária e nas interações sociais desse pequeno.

Apesar de precisar de um diagnóstico feito por um profissional de saúde mental, há uma série de sinais que podem indicar a presença do mutismo seletivo, e vamos conhecer os principais no próximo tópico.

Sinais de mutismo seletivo

Os pais devem prestar atenção se o seu filho evita falar em ocasiões bem específicas, como na escola, em festas ou até mesmo em consultas médicas

Além disso, vale observar outros sinais, pois a dificuldade em se comunicar verbalmente pode também vir junto com outros sintomas de ansiedade, como nervosismo excessivo, tremores, suor ou batimento cardíaco acelerado.

Principais sintomas do mutismo seletivo

Alguns dos sintomas mais comuns são:

  • Recusa persistente para falar em situações sociais específicas, como em eventos sociais, independente do tipo.
  • Ansiedade intensa ou pânico ao ser confrontado sobre a necessidade de falar em público.
  • Comportamento introvertido ou retraído, mas somente em situações sociais.
  • Evitação de contato visual ou interação com outras pessoas em reuniões sociais.
  • Dificuldade em expressar desejos, necessidades ou sentimentos quando a criança está reunida socialmente com outras pessoas.\

Mas, por que isso acontece só em situações específicas?

Existem várias razões pelas quais uma criança pode desenvolver mutismo seletivo. Mas, de maneira geral, pode acontecer devido a fatores genéticos, biológicos, ambientais ou psicossociais. 

Ou seja, a criança pode ter uma predisposição genética para a ansiedade, ou pode ter experimentado eventos traumáticos que desencadeiam o transtorno. 

Além disso, ambientes estressantes também podem contribuir para o surgimento desse transtorno. Vamos falar mais sobre essas razões agora.

Fatores de risco para o mutismo seletivo

  • Histórico familiar de ansiedade

Um histórico familiar de fobias diversas, pode aumentar o risco de um indivíduo desenvolver mutismo seletivo. 

Conforme dissemos, a predisposição genética para a ansiedade, por exemplo, pode influenciar a maneira como uma criança responde a situações sociais desafiadoras na visão dela.

  • Experiências traumáticas

Experiências traumáticas, como abuso físico, emocional ou sexual, negligência, separação dos pais, bullying ou eventos estressantes, podem desencadear o mutismo seletivo. 

Isso porque, traumas vivenciados, sobretudo na infância, podem contribuir significativamente para a ansiedade social e dificuldades de comunicação no decorrer da vida.

  • Ambiente familiar disfuncional

Um ambiente familiar caracterizado por conflitos familiares, falta de apoio emocional, pressão excessiva dos pais ou negligência emocional, pode criar um contexto estressante que aumenta consideravelmente o risco de desenvolvimento do transtorno. 

  • Dificuldades de aprendizagem

Crianças com transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), transtorno do espectro autista (TEA) ou dificuldades de processamento sensorial, podem sentir-se sobrecarregadas em situações sociais e assim, apresentam o mutismo seletivo como uma forma de lidar com o estresse e a ansiedade.

Contudo, é importante saber que esses fatores são de risco e não uma sentença de que se a criança for exposta a eles está fadada a desenvolver a condição. O que ocorre, é que eles podem, sim, aumentar a probabilidade de ocorrência. 

Além disso, vale dizer que muitas crianças com mutismo seletivo apresentam uma combinação dos múltiplos fatores de risco que mencionamos. 

Desse modo, identificá-los o mais breve possível e abordá-los quanto antes poderá ajudar a diminuir os impactos do problema, promovendo assim o bem-estar emocional e social da criança.

Impactos do mutismo seletivo na educação

Em sala de aula, as crianças com mutismo seletivo podem ter dificuldade em participar das atividades e contribuir com as discussões. 

Isso porque, o medo de falar em público pode levar à fuga de situações que envolvam comunicação verbal, prejudicando assim o aprendizado e o envolvimento com os colegas de classe. 

Logo, isso pode impactar negativamente no progresso educacional e na autoestima da criança.

Com o tempo, ela pode se sentir isolada e excluída pelos outros alunos devido à sua dificuldade em se comunicar verbalmente. 

Isso pode gerar sentimentos de baixa autoconfiança e dificuldades em estabelecer relacionamentos interpessoais ao longo da vida.

6 passos para lidar com o mutismo seletivo na prática

É fundamental que pais e cuidadores saibam como lidar com essa condição. Mas como fazer isso, na prática?

  1. Compreenda o transtorno: é importante educar-se sobre o assunto para entender melhor o que a criança está passando. Desse modo, converse com profissionais de saúde mental, leia materiais confiáveis e participe de grupos de apoio, se possível.
  2. Proporcione um ambiente adequado: crie um ambiente seguro e acolhedor em casa, onde a criança se sinta confortável e confiante para se expressar. Evite julgar ou pressioná-la a falar, exigindo explicações sobre sua falta de comunicação.
  3. Evite rótulos ou críticas: não rotule a criança como “tímida” ou “antissocial”, pois isso pode aumentar sua ansiedade. Em vez disso, reconheça seus esforços quando houver e elogie sua coragem ao enfrentar situações de exposição que para ela são muito difíceis.
  4. Promova a autoestima e a confiança: ajude a criança a desenvolver uma autoimagem positiva, construindo ou reforçando sua confiança em si mesma. Busque envolvê-la em atividades que ela goste e nas quais se sinta competente, incentivando-a a explorar seus interesses e talentos.
  5. Encoraje a comunicação não verbal: incentive a criança a se comunicar de outras maneiras, como por meio de gestos, expressões faciais, desenhos ou escrita. Pode não parecer, mas isso pode ajudá-la a se sentir mais segura para expressar suas necessidades e sentimentos.
  6. Busque ajuda profissional: procure a orientação de um psicólogo infantil ou psiquiatra. São eles que devem fornecer avaliação e tratamento para o mutismo seletivo, o que pode incluir terapia cognitivo-comportamental, terapia de exposição gradual ou outras abordagens terapêuticas.

Lidar com o mutismo seletivo pode ser desconfortável, mas com paciência, compreensão, amor e apoio adequado, é possível ajudar seu filho a superar essa condição.

Tratamento para mutismo seletivo

O tratamento geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar que inclui terapia cognitivo-comportamental (TCC), terapia de exposição gradual, terapia familiar e, em alguns casos, medicamentos. 

No entanto, não há garantia de cura para o mutismo seletivo, e o prognóstico pode variar dependendo da gravidade do transtorno e da resposta individual ao tratamento.

A TCC é frequentemente utilizada para ajudar a criança a identificar e modificar padrões de pensamentos e comportamentos negativos relacionados à sua ansiedade social.

Mas, além da TCC, outras terapias complementares, como terapia de jogo, arteterapia e musicoterapia, podem ser benéficas para crianças com mutismo seletivo.

Os pais também precisam de ajuda para lidar com a situação

Se por um lado estamos falando sobre como lidar com a criança que tem uma condição especial, há do outro lado os pais e cuidadores que também precisam de apoio emocional. 

Lidar com o mutismo seletivo, sem dúvidas, não é fácil para os pais, pois no dia a dia uma série de sentimentos podem invadir e pesar no coração desses adultos.

A culpa é um deles e muitas vezes se infiltra, trazendo dúvidas e questionamentos sobre se poderiam ter feito algo diferente para evitar o desenvolvimento desse transtorno. 

Outro sentimento comum é a frustração que também pode surgir quando os pais se veem incapazes de ajudar seus filhos a superar as dificuldades de comunicação. Infelizmente, a sensação de impotência pode ser avassaladora, especialmente quando parece que nada que fazem parece fazer diferença. 

Além disso, não é nada difícil para os pais se sentirem sobrecarregados, já que precisam dar conta de outras responsabilidades que também podem exigir muito deles. 

Mas, nesses momentos, é essencial que esses cuidadores olhem com carinho para sua própria saúde mental. Sim, é preciso cuidar-se primeiro para poderem auxiliar seus filhos depois.

Isso significa buscar ajuda, seja conversando com amigos de confiança, desabafando com familiares ou participando de grupos de apoio para pais. O auxílio de um psicólogo também pode fazer toda diferença.

Os pais devem dedicar um tempo para o próprio autocuidado sem que isso lhe cause culpa ou desconforto. 

Afinal, reservar um período para si, praticando atividades que tragam alegria e relaxamento, ajudará certamente no alívio das tensões do dia a dia e auxiliará para que tenham ânimo e continuem cuidando bem da sua prole com amor e atenção.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Loading