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Mão-Pé-Boca: Você Conhece Essa Doença?

Algumas doenças podem ser bem silenciosas e outras altamente contagiosas, como é o caso da mão-pé-boca. Embora também possa acometer adultos, ela é muito mais frequente em crianças.

O seu principal sintoma se desenvolve justamente nessas três partes do corpo, por isso o quadro foi apelidado dessa forma por especialistas e pelos pais.

Chegou a hora de conhecer um pouco mais sobre a mão-pé-boca e entender como essa doença se desenvolve, quais são os sintomas característicos, riscos e tratamento. Acompanhe o conteúdo e tire todas as suas dúvidas.

Mão-Pé-Boca você conhece essa doença?

A doença mão-pé-boca é causada pelo vírus Coxsackie, que compõe a família de enterovírus e ataca o aparelho digestivo da criança.

Com a volta das atividades presenciais a partir do abrandamento do distanciamento social, muitos estados estão relatando um número alto de crianças com a doença.

Isso ocorre porque a mão-pé-boca é uma doença viral e altamente contagiosa. A transmissão é muito rápida e em alta escala. Com as crianças voltando a se encontrar alguns especialistas falam em um possível surto da doença.

Principais sintomas desse quadro

O principal sintoma é o surgimento de pintinhas vermelhas nas palmas das mãos, nas solas dos pés e na boca. Por isso o nome da doença faz alusão a essas partes do corpo.

As feridas aparecem primeiro na boca, onde se tornam aftas e podem comprometer o apetite, fazendo com que a criança coma bem menos por conta do incomodo causado pelo quadro.

Depois as manchas vermelhas se espalham para as outras partes do corpo, parecendo uma catapora no começo e logo evoluindo para pequenas feridas.

Além desses, há outros sintomas também, como:

  • Febre alta;
  • Dor de garganta;
  • Feridas na faringe e amígdalas;
  • Mal-estar;
  • Vômito.

É importante esclarecer que nem sempre a criança apresenta todos os sintomas. Por exemplo, vômito e diarreia não costuma acontecer em todos os casos. Além disso, as bolinhas que evoluem para feridas podem surgir também em outras partes do corpo além das citadas.

Transmissão do vírus

Como dissemos antes, o vírus que causa a doença mão-pé-boca tem origem no trato digestivo. A criança pode apresentar sintomas alguns dias após ter contraído o vírus.

Porém, a primeira semana é a que o vírus tem maior potencial de transmissão. Esse contágio acontece através do contato com saliva, fezes ou objetos contaminados.

A grande questão a respeito do vírus Coxsackie é que a única forma de conter o contágio é investindo em uma boa higiene para que a criança não contraia e, caso já esteja contaminada, não transmita.

Risco de complicação:

De modo geral o quadro não tende a evoluir de maneira muito preocupante, mas costuma incomodar. Alguns poucos casos podem chegar a se agravar, se não houver tratamento dos sintomas, transformando-se em:

  • Meningite asséptica;
  • Encefalite;
  • Síndrome de Guillain-Barré;
  • Miocardite;
  • Inflamação do pulmão;
  • Edema pulmonar;

Porém, o risco mais comum é de que a criança fique desidratada. Como as crianças ficam doloridas e incomodadas por conta das aftas, muitas não conseguem consumir água. Some a isso o fato de estarem vomitando ou com diarreia e temos o cenário perfeito para uma desidratação.

A desidratação, por sua vez, pode, sim, se tornar severa e preocupante. Por isso os pais e responsáveis devem ficar atentos para que a criança continue se hidratando corretamente, apelando para soro quando necessário.

Mão-pé-boca tem cura?

Felizmente essa doença tem cura, mas por ser viral pode ter reincidência. O ideal é consultar um pediatra ou um clínico-geral que possa orientar acerca do melhor tratamento. O médico tende a receitar medicamentos que aliviem os sintomas.

Assim, o organismo da criança se fortalece para conseguir combater o vírus. Os remédios mais usados em caso de mão-pé-boca são analgésicos para conter as dores das feridas e antitérmicos para diminuir a febre.

Duração dos sintomas:

Em média os sintomas permanecem por uma ou duas semanas. O tratamento deve ser iniciado o quanto antes para evitar as evoluções do quadro.

As lesões que aparecem pelo corpo tendem a desaparecer sem deixar sequelas. No entanto, infelizmente o corpo humano não cria anticorpos contra a doença e a criança pode voltar a ter o problema. Justamente por isso não existe uma vacina contra esse vírus.

Diagnóstico da doença

Por ser uma doença com aparência bem característica, é comum que o quadro seja identificado facilmente através de exames clínicos. Porém, o médico pode pedir um PCR para identificar qual é o vírus acometendo o pequeno paciente.

O PCR é um exame que se tornou mais conhecido durante a pandemia do coronavírus. Você com certeza ouviu falar dele nesse período. Se trata de um exame de análise laboratorial. É colhida uma amostra do sangue e encaminhada a um laboratório para checagem.

Mão-pé-boca só pega em criança: verdade ou mentira?

Mentira! Embora o vírus seja mais comum entre crianças de até cinco anos, ele pode, sim, acometer adultos. E da mesma forma que acontece com os pequenos, o adulto se torna um vetor, capaz de transmitir a doença para outras pessoas.

Esse vírus é mais comumente transmitido durante as estações mais frias do ano, o outono e o inverno. Também é um período em que muita gente lava menos a mão, o que facilita o contágio.

Principais cuidados após o diagnóstico

Se o seu filho ou filha for diagnosticado com essa doença, não se apavore. Mas alguns cuidados são essenciais:

Afastamento social:

A criança deve ser privada de contato social durante todo o tratamento e recuperação. Isso porque o vírus continua ativo e pode contaminar outras pessoas. Atividades escolares, passeios e visitas devem ficar suspensos temporariamente.

Alimentação e hidratação:

Já falamos sobre isso, mas vale a pena reforçar: os pais devem manter as crianças hidratadas. Se as feridas na boca forem mais complicadas, ou a dor de garganta impedir a alimentação, converse com o pediatra para buscar uma alternativa possível.

Tenha paciência:

É muito provável que a criança fique mais chorosa e manhosa nesse período. As aftas doem, assim como as bolhas que surgem nas palmas das mãos e na sola dos pés. Então os pais precisam ter paciência para lidar com a situação, sobretudo com os menorzinhos.

Tem como evitar a doença?

A higiene continua sendo uma arma poderosíssima contra esse e outros tipos de contágios.

As crianças devem ser orientadas a lavar as mãos sempre após o uso do banheiro ou depois de tocarem lugares públicos, como brinquedos de parques, transporte público, bancos etc.

Além disso, deve-se evitar levar as mãos sujas até a boca, olhos ou nariz. Esses são os principais canais para entrada de vírus no corpo humano – por isso mesmo estamos usando máscara durante a pandemia para manter ao menos duas dessas portinhas bloqueadas.

No mais, pais e mães devem manter a atenção e levar a criança ao médico caso percebam qualquer anomalia. Lembre-se que muitas doenças são silenciosas e não dão sinais. No caso de mão-pé-boca temos pelo menos o alerta de que alguma coisa está errada.

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