Olá mamãe! Como vai, tudo certo? Sabemos o quanto pode ser desgastante ensinar aos pequenos como compartilhar os próprios objetos e alimentos, principalmente quando eles relutam bastante. Entretanto, trata-se de algo necessário a se fazer durante toda a vida e nós definitivamente não queremos que os filhos cresçam egoístas, verdade?
É na infância que se aprende os valores levados para sempre, e essa responsabilidade costuma ficar a cargo dos pais. Por acaso você está com dificuldades para orientar seu filho a dividir? Fique tranquila! Ao longo do post, abordamos maneiras de lidar com as crianças na hora de compartilhar. Tem interesse pelo assunto? Então continue a leitura!
Por que as crianças têm dificuldade de compartilhar?
Seu filho não divide nada e ainda faz birra quando você o orienta nesse sentido? Antes de tudo, saiba que isso não quer dizer que ele é uma criança mimada ou que você não está sabendo educá-lo. O buraco é mais embaixo e compreende as fases da vida dos pequenos.
Na primeira infância, a criança acha que é dona de tudo, inclusive dos pais. Além disso, crê que o que acontece ao redor é por conta dela, portanto emprestar não figura como opção e até mesmo um comportamento agressivo pode surgir. Nada disso consiste em um resumo da personalidade: pelo contrário.
A verdade é que inicialmente não existe uma noção formada sobre o mundo. Com o passar do tempo, o pequeno compreende o funcionamento da vida em sociedade, por isso é preciso dividir o que temos.
Por volta dos dois anos, chega a fase em que a criança se comunica com o corpo, por ainda não falar direito. É por esse motivo que ela pode tomar o brinquedo ou a comida do coleguinha porque deseja muito aquilo.
Em seguida, com a linguagem mais avançada, ela passa a ter argumentos, como “não quero emprestar porque é meu”. Quem nunca ouviu o filho falar uma frases dessas? Saiba que é apenas uma fase do desenvolvimento da criança.
Quando a ficha cai e ela entende a necessidade de dividir as coisas e que o mundo não gira em torno do seu próprio umbigo, como diziam os avós, o compartilhamento fica mais fácil para ela e para a gente ensiná-la também.
Mas atenção! Embora seja normal esse sentimento egocêntrico, os pais devem guiar os pequenos para a compreensão do mundo. Lembre-se de apostar sempre no diálogo e de ter paciência para explicar o que é empréstimo. Os motivos pelos quais devemos compartilhar pertences precisam ser passados a limpo de maneira clara.
Qual é a importância de ensinar os filhos a compartilhar?
Orientar um filho a emprestar seus objetos e dividir a comida vai além de educá-lo a não ser egoísta com os bens materiais. Como consequência, você ensina valores maiores do que pode imaginar.
A entrega, a dedicação, a empatia e o tempo são princípios cada vez mais raros em um mundo no qual as pessoas se preocupam somente consigo mesmas e só compartilham algo “por obrigação”. É preciso fazer com que as crianças entendam a importância de vivermos em comunidade, e que uma mão lava a outra.
O adulto deve mostrar à criança o quão interessante pode se apresentar essa troca e que ela faz parte da vida. Isso faz com que o pequeno cresça sabendo ser mais generoso e tenha mais poder de negociação em diversos aspectos rotineiros. Como se não bastasse, o ato de compartilhar de forma responsável favorece a criação de amizades e a manutenção de relacionamentos saudáveis.
Viu quantas ideias fundamentais podemos ensinar aos pequenos apenas os orientando a dividir e a emprestar seus pertences? Contudo, todo o processo precisa respeitar os limites de entendimento da criança e nunca ser forçado, para que ela não se sinta injustiçada. Mas isso já é assunto para outro tópico. Acompanhe!
Como ensinar o filho a compartilhar?
Como dissemos, o ato de compartilhar não é nato. Pelo contrário: a criança não entende muito bem o conceito de sociedade e troca, por isso somos nós que devemos ensinar esse princípio.
Concordamos que essa é uma tarefa que exige paciência — algo bastante necessário, principalmente na hora de lidar com a birra, quando o filho não quer emprestar seu brinquedo para o coleguinha. Mas mantenha a calma, pois reunimos dicas bem legais para fazer você tirar de letra mais essa etapa de aprendizado do pequeno.
Dê o exemplo
Mais do que com palavras, crianças aprendem com exemplos. Se você quer que o seu filho aprenda a compartilhar, faça o mesmo. Vamos supor que a criança acha interessante o seu molho de chaves. Pergunte se ela quer pegar por um momento, aproveite e explique que isso é um empréstimo.
Outro modo prático de ensinar a compartilhar é oferecer um pouco da sua comida ou pedir uma colherada do papá do pequeno. Diga que aquilo se chama dividir, e que é legal porque cada um pode experimentar o do outro.
Faça combinados
A arte de negociar vem desde pequeno, começando com pequenos combinados entre pais e filhos. Quando outro amiguinho quiser o brinquedo do seu filho, diga algo como “você pode emprestar um pouco, logo ele te devolve”, ou “brinca mais dois minutinhos e depois empresta o carrinho para o coleguinha, ok?”.
Isso ainda ajuda a criança a entender que emprestar não é o mesmo que doar. Muitas vezes ela não gosta de compartilhar seus objetos por medo de nunca mais vê-los, achando que o brinquedo, por exemplo, será do coleguinha para sempre.
Convide os amigos para brincar
Um dos motivos de maior dificuldade em aprender a compartilhar pode ser a ausência de outras crianças para conviver, como um filho único que tem toda a atenção para si. Se esse é o caso, convide os coleguinhas para brincar e aproveite a ocasião para treinar a empatia e o empréstimo.
Boas ideais de fazer isso, por exemplo: entregando brinquedos para cada um e incentivando a troca ou oferecendo um lanche coletivo, como a pipoca em uma vasilha grande para que todos possam pegar e dividir.
Saiba lidar com as novidades
Tudo o que é novidade atiça o interesse e a posse dos pequenos. Basta levá-los à loja de brinquedos para testemunhar o desejo e a birra para conseguir um item novo.
Prevendo que ficará mais difícil que seu filho empreste aquele jogo que desperta a atenção de todo mundo, evite carregar esses objetos para lugares que terão muitas crianças, como parquinhos ou até mesmo a escola.
Promova brincadeiras
As brincadeiras figuram como as melhores maneiras de educar as crianças. Não é à toa que são usadas como métodos de ensino nas escolas, não é mesmo? Então aproveite o passeio ao parquinho ou a visita dos coleguinhas à sua casa e proponha atividades úteis para estimular o cooperativismo, a empatia e o compartilhamento, como:
- desenho, colocando uma folha grande no chão e oferecendo lápis ou giz de cera de cores variadas para que as crianças desenhem juntas;
- leitura, lendo um conto e pedindo para que cada um fale algo sobre o que achou, assim eles aprendem a dividir a atenção.
Explique os motivos
Ninguém gosta de receber ordens sem a devida explicação. Por que você acha que o seu filho gostaria? Impor que ele deve dividir ou emprestar sem dizer os motivos para isso não é o melhor caminho.
Agache, fique na altura da criança e diga as razões pelas quais ele precisa dar um biscoito para o coleguinha ou por que é legal emprestar o brinquedo. Diga que dividir é tratar o outro com carinho e que o amigo ficará muito feliz com isso, assim como ele também se sente alegre ao ter um item emprestado por determinado período.
Aja como intermediadora os conflitos
Conflitos entre crianças sempre acontecem, principalmente brigas entre irmãos por conta de algum objeto ou alimento. Não é nada demais, afinal eles ainda estão aprendendo a conviver em comunidade e que o desejo do outro também deve ser levado em consideração.
As crianças estão discutindo pelo brinquedo? Em vez de tomar de um e dar para o outro ou zangar com eles, faça a intermediação. Escute as explicações de ambos e tente fazer com que um entenda a posição do outro. Na sequência, negocie o objeto em questão para que os dois possam brincar um pouco.
Compartilhe a atenção
A atenção também é algo que as crianças não querem dividir. O famoso ciúme da mamãe e do papai é, na verdade, aquilo que falamos lá no começo: o pequeno pensa que tudo e todos devem estar voltados para ele, e fica contrariado se isso não acontece.
Explique que estará com ele sempre que puder, mas que outras pessoas também precisam de você. Uma boa forma de treinar essa questão é interagindo igualmente com os demais coleguinhas nas brincadeiras em relação ao seu filho, dando um pouquinho de atenção para cada um. Assim, ele saberá que pode compartilhar sua dedicação sem que isso afete a relação.
Tenha empatia
Nós, adultos, temos a mania de achar que criança deve fazer coisas que não faríamos. Trata-se de mera falta de empatia com os pequenos, sem nos colocarmos no lugar deles. E como isso se encaixa no ato de compartilhar?
Bom: chega um coleguinha que quer brincar com o brinquedo do seu filho, que acabou de pegar o objeto. Você imediatamente pede para que seu pequeno entregue o item a outra criança. Acha realmente que isso está certo? Então, vamos lá. Você está escrevendo um bilhete, alguém pede a sua caneta emprestada. Na mesma hora você cede ou pede para que a pessoa espere até que termine o que estava fazendo? Provavelmente a segunda opção.
Pensando assim fica mais fácil entender, não é verdade? Tenha empatia pelo seu filho para que ele não se sinta injustiçado nessa hora. Peça para que a outra criança espere para brincar com o objeto e negocie com o seu pequeno a hora de emprestar o brinquedo para o coleguinha.
Como agir quando o filho não quer compartilhar?
Seu filho está brincando bem alegrinho até que chega um amiguinho e pede (ou toma) o brinquedo. Ele não quer emprestar, abre o berreiro e a outra criança também. É chororô para todo lado. Quem nunca passou por isso?
Essa cena é bem típica e pode não acontecer apenas uma vez, já que o ato de compartilhar consiste em um aprendizado que demanda certo tempo. Mas então, como agir em tais casos?
Tudo pode ser um pouco constrangedor, principalmente se houver outro adulto por perto. Afinal de contas, a impressão que costumamos ter é de sofrer julgamentos alheios a respeito da educação dada por conta da atitude.
Fique tranquila: todas as mães passam por isso e você não será a primeira nem a última. O segredo aqui é manter a paciência e tentar alguns dos truques, como explicar para a criança o motivo de se emprestar e começar a negociação. Se mesmo assim o seu filho ainda não quiser dividir, então a paciência terá que ser da outra mãe em ensinar o pequeno dela a lidar com a frustração.
Tomar o objeto da mão do seu filho para dar para o outro nunca será uma boa opção, assim como castigá-lo também não é. Não force a barra e lembre-se do que falamos sobre a empatia. Os adultos não emprestam todos os seus objetos, principalmente aqueles pelos quais têm muito apreço, carinho ou muito pessoais.
Por isso, mantenha o direito do seu filho também não querer compartilhar tudo. Tenha em mente que isso é uma fase, e que aprender a dividir e emprestar pode levar tempo, conforme a capacidade de compreensão de cada criança.
Ensinar como compartilhar não costuma ser uma missão fácil, mas é necessária até mesmo para a formação da personalidade dos pequenos. Sendo assim, os adultos devem manter a paciência e a dedicação de passar mais esse valor tão importante para toda a vida.
Por falar em ensinamentos, você sabe como ensinar crianças a pedir desculpas? Aproveite que já está conosco por aqui e leia nosso artigo que fala sobre o assunto!