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Afinal, o comportamento do meu filho adolescente é normal?

Ei, amiga mãe, tenho certeza de que se você pudesse teria um tradutor simultâneo para interpretar o comportamento na adolescência do seu filho, não?

Algumas vezes eles, literalmente, pedem colo. Outras, vão logo sugerindo que você fique distante para não envergonhá-los na frente dos amigos.

Essa mudança acontece em uma velocidade tão grande, que muitas vezes é preciso observar alguns minutos antes de saber como lidar de forma fraternal ou madura.

A grande questão é que, além de sensação de dar adeus à infância deles, em algumas situações, as mães também se magoam ou ficam preocupadas com o pensamento se aquilo é mesmo normal.

Quer um conselho? Muita calma nessa hora. Essa deve ser a milésima vez que você lê isso, mas é inevitável pois é preciso serenidade e informação para responder esse questionamento.

E é aí que entramos. Hoje, vamos refletir um pouco mais sobre o comportamento na adolescência e o que pode acontecer com as variações de humor e atitudes do seu filho? Me acompanhe!

Como anda a comunicação entre vocês dois?

Um comportamento muito comum na adolescência é preferir o isolamento. Com isso, os diálogos ficam cada vez mais escassos, para não dizer, monossilábicos.

O primeiro ponto, é entender que isolamento é diferente de privacidade, e a segunda, todo mundo tem o direito de ter, inclusive seu filho.

Assim, é natural que eles queiram ter seu tempo e espaço individuais, e da mesma forma, não querem compartilhar todos os seus sentimentos e situações do cotidiano.

Perguntas como “quem é a sua namorada na escola?” ou “tem algum menino te paquerando?”, portanto, podem ser invasões de privacidade. Fechar a porta do quarto e manter-se assim por longas horas, no entanto, pode ser uma tentativa de isolamento.

Na vida, o mais certo é ter equilíbrio, e ele somente será conquistado se houver um diálogo claro entre vocês dois, determinando novos limites e acordos.

O que esperar do comportamento na adolescência?

Querer experimentar coisas novas, enfrentar as regras, ter atitudes impulsivas e questionadoras. Tudo isso e muito mais. A forma como cada um deles viverá sua adolescência é algo muito particular, na verdade.

Isso porque existem fatores fisiológicos que fazem a adolescência ser uma verdadeira confusão para os filhos, e por consequência, seus pais. Mas também tem uma boa carga de elementos como suas personalidades, caráter, temperamento e estrutura psicoemocional.

É preciso entender o momento que o adolescente vive, afinal de contas, ele está perdendo as facilidades que possuía na infância, mas, ao mesmo tempo, ainda não está bem aceito no mundo adulto.

Questionamentos, como: Eu tenho que ir dormir todo dia às 20h como uma criancinha, mas tenho que tirar o lixo para fora da casa. Isso é tão injusto!”, são característicos, e algumas vezes são feitos de forma intempestiva.

Quais sinais devem ligar seu alerta?

Dizer que questionamentos agressivos, variações de humor e diminuição do contato com a família são reações normais costuma chatear algumas mães, mas não significa que sejam ocorrências que devem ser aceitas pacificamente.

Elas precisam ser trabalhadas para que o adolescente consiga buscar seu equilíbrio, entenda seus limites e adquira consciência para a vida adulta onde ele será responsável por todos seus atos e sofrerá consequências, algumas vezes, severas.

Por outro lado, alguns sinais podem indicar que seu filho não está sabendo lidar com algum sentimento ou situação externa. Fique atenta à questões, como:

  • dificuldades de concentração, que pode começar a afetar mais intensivamente o desempenho escolar;
  • atos de violência, como ameaças e brigas frequentes podem indicar que a criança é intimidadora ou intimidada;
  • isolamento, que é diferente de privacidade, podendo indicar, por exemplo, ocorrências depressivas;
  • ansiedade;
  • baixa autoestima, que pode levar a conflitos com o peso e aceitação do corpo; e
  • fobias sociais ou timidez exagerada.

Como identificar a existência de problemas sociais?

A adolescência é um processo acelerado de desenvolvimento físico, mental, emocional e sexual, e isso cria um universo de possibilidades e situações que podem gerar conflitos dentro de suas relações pessoais.

A mais comentada nos últimos tempos é o bullying, atos violentos e repetitivos que podem afetar um indivíduo física ou psicologicamente.

Quando envolvem adolescentes, é preciso lembrar que os dois lados precisam de intervenções de apoio e orientação.

A timidez em excesso também deve ser um ponto de atenção dos pais, pois em um grau elevado, pode prejudicar o desenvolvimento do filho no campo das relações sociais e até intelectuais.

Como as descobertas dessa época também envolvem o lado sexual, outro ponto de atenção é sobre os relacionamentos que podem surgir nessa fase, e principalmente, o nível de instrução em relação à preservação da saúde do corpo e da mente.

Para todas as situações, o diálogo aberto e o amor dos pais é determinante. Por mais que seja difícil conversar, de maneira séria, sobre sexualidade, relações sexuais, aceitação do corpo e respeito ao próximo, essas são conversas necessárias, não é mesmo?

Vai piorar ou essa fase passa?

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a adolescência começa aos 10 e vai até os 19 anos, mas isso é relativo.

Considerando os fatores fisiológicos, o córtex cerebral para de se desenvolver por volta dos 25 anos, que também é um marco dessa fase por diminuir sua impulsividade característica.

Se você está no início dessa jornada, no entanto, não precisa arrancar os cabelos, pois a fase passa. Com picos de tensão mais intensos nos primeiros anos, que ficam cada vez menos frequentes.

Dá para ajudar de alguma maneira?

Não existe uma receita única, mas alguns ingredientes, com certeza, são indispensáveis: amor, diálogo, regras e respeito.

Dá para acrescentar também que o instinto materno não falha nessa hora. Afinal, já foram alguns anos dedicados aos cuidados, amor e educação, e a percepção sobre seu filho e o que ele precisa é única. Então, esteja atenta e ofereça o suporte que ele precisar.

Outra forma de lidar com um comportamento na adolescência mais administrável é tentar reduzir os conflitos que tradicionalmente aparecem nessa época. Os adolescentes podem e devem ser questionadores, mas precisam saber como construir diálogos respeitosos.

E atenção! A recíproca também é verdadeira! Para um bom relacionamento, é preciso demonstrar respeito com os sentimentos e opiniões dos filhos para garantir um diálogo saudável.

Quer saber como fazer isso? Leia mais neste post sobre como lidar com o filho na adolescência reduzindo conflitos.

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