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7 hábitos para criar filhos bem ajustados

Você provavelmente já ouviu (ou mesmo já disse) coisas como:

  • “Toda criança precisa de limites!”
  • “A criança deve crescer num ambiente saudável!”
  • “Não mime demais os seus filhos!”

São tantas “máximas” no meio da maternidade que a gente fica até sem saber o que fazer quando o assunto é criação dos filhos. E se tem uma coisa que os outros sabem dar é pitaco. Principalmente para os pais de primeira viagem.

Na prática, a história é diferente. Muita gente se esquece que os pequenos, assim como os adultos, possuem características próprias e traços de personalidade que são só seus, de ninguém mais.

Ainda assim, é importante lembrar que vivemos em sociedade e precisamos de regras de convivência e boa educação. E é aí que muita gente se perde. É cada vez mais comum lermos artigos sobre como as crianças estão “preguiçosas”, “egoístas” e “terríveis” nos dias de hoje. E a base para generosidade, responsabilidade, gentileza, ajuda e ética de trabalho começa já durante os primeiros anos.

“Será que estou fazendo tudo errado?”

Como mãe de crianças mais novas, você lê esses artigos e se sente paralisada. O que exatamente é a coisa certa a se fazer? Onde eu estou errando? Devo desistir e começar uma conta poupança para as futuras sessões de terapia dos meus filhos?

A parte que mais me assusta é que estamos tão sobrecarregados com o julgamento da parentalidade moderna que parece mais seguro (e muito mais fácil) não fazer nada, ligar a TV e se esconder um pouquinho.

Mas falando sério agora, não dá pra fugir da responsabilidade de guiar seu filho por hábitos que realmente valham a pena e que farão dele uma pessoa melhor. A seguir você confere sete dessas ações que podem (e devem!) ser parte da rotina da sua família.

  1. Os famosos limites

 A parte mais complicada, certo? É verdade que estabelecer limites fica mais difícil quando as crianças gritam sem parar, chorar ou dizem coisas como “eu odeio você!”. Lembre-se de que quando as crianças agem dessa maneira, elas estão atendendo às suas próprias necessidades do único jeito que sabem. Mas nem por isso os pais devem permitir que a criança continue a agir dessa forma.

Negociar é importante, mas não permita que a criança tenha a palavra final numa discussão, por exemplo. Se vocês já fizeram um combinado, a criança precisa aprender a fazer a parte dela.

Dependendo da regra que vocês estabeleceram, pode levar um longo tempo até que a criança aceite o que foi proposto. Mas é importante que os pais não cedam nem voltem atrás no que foi acordado.

Quando as crianças começam a chorar e gritar menos, isso já é um sinal que seu filho está se movendo na direção certa. Mas atenção: nada de limites confusos. Procurem ser claros um com o outro, explicando os motivos pelos quais a criança não pode fazer determinadas coisas.

  1. Tem hora pra dormir sim!

As crianças precisam de rotina. Não adianta esperar organização e bom comportamento do seu filho se em casa os horários são uma verdadeira bagunça.

Como pais, façam o possível para estabelecer um horário de dormir, importantíssimo para que a criança assimile tudo que aprendeu durante o dia e, com isso, detenha conhecimento. Além disso, as crianças se sentem descansadas pela manhã quando dormem bem.

  1. Empatia

Sabe o que as crianças realmente precisam para ser felizes e bem-sucedidas? A resposta é: empatia. E olha que isso anda tanto em falta hoje em dia…

A empatia é aquela característica que permite que a gente  “se coloque no lugar de outra pessoa”, e uma pesquisa americana recente mostra que a empatia desempenha um papel importante na previsão da felicidade e do sucesso das crianças. Até a Forbes indica que a empatia é um antídoto eficaz contra o bullying, agressão e preconceito, que são ingredientes essenciais para o sucesso da liderança e excelente desempenho da criança.

Conversar com as crianças sobre sentimentos é fundamental para desenvolver a empatia. Quando virem uma criança chorando ou com raiva, conversem a respeito: “Por que você acha que aquele menino está triste?”, e ainda: “Como podemos ajudá-lo?”.

Outra forma prática de ensinar empatia é utilizar as pequenas discussões diárias entre irmãos, por exemplo: “Sua irmã quer brincar com essa boneca agora. Vamos emprestar para ela? Você também ficaria triste se ela não permitisse que você brincasse com esse brinquedo”.

  1. Brinquem mais

Parece estranho, mas nós ultimamente não reservamos muito tempo do nosso dia para a diversão. Aliás, passamos boa parte das 24 horas trabalhando. E a maioria das crianças já frequentam a escola em período integral.

Resumo da ópera: Nossos dias estão cheios de estresse, obrigações e trabalho duro, e sem perceber, e ficamos mais desconectados de nossos filhos do que nunca.

Como arrumar isso? Brincando! Diminuir alguns minutos na frente do celular ou da TV no fim do dia, por exemplo, já ajuda. Nossos filhos vão crescer e, com o tempo, vamos perdendo esses momentos preciosos juntos.

  1. Tempo ao ar livre

Movimento melhora tudo: desde as notas na escola, socialização com outras crianças e até a estabilidade emocional. Segundo a autora americana Meryl Davids Landau,  especialista em educação infantil, as crianças que nunca brincam ao ar livre podem apresentar dificuldades emocionais, choro constante e até problemas para lidar com coisas simples, como segurar um lápis, devido ao pouco treino de coordenação motora.

Vocês não precisam sair todos os dias, mas faça o possível para proporcionar isso sempre que possível. Ah! Na hora de escolher a escolinha ideal, verifique se eles possuem espaços ao ar livre e parquinhos. Isso é super importante na idade escolar dos pequenos, afinal, movimentar-se também é aprendizado.

  1. Tarefas

As crianças se beneficiam ao realizar tarefas em casa. Uma pesquisa realizada pela Universidade de Minnesota em 2002 indica que as crianças que têm um conjunto de tarefas diárias possuem maior auto-estima, são mais responsáveis ​​e são mais capazes de lidar com a frustração.

Além disso, 87% delas se saíam melhor na escola. Portanto, envolva o máximo possível seu filho na rotina da casa, incumbindo a ele algumas tarefas de casa (de acordo com sua idade), como por exemplo arrumar os seus brinquedos e livros após manuseá-los, fazer a cama e pendurar a toalha molhada depois do banho.  Um quadro de incentivo pode ajudar que a criança lembre do acordado com os seus pais.

  1. Experiências, não coisas

Sabe quando seu filho se mostra mais empolgado com um brinquedo super simples do que com aquele presentão que custou uma nota preta? Pois é. As crianças gostam mais de experiências do que coisas.

Elas gostam de como se sentem com algo, gostam de construir castelos de areia na praia ou pegar conchinhas. Gostam de jogar pedrinhas em um lago.

Já reparou que estamos cada vez mais “equipando” nossos pequenos com distrações e tecnologia e às vezes esquecemos de dar a eles experiências novas? A dica é viajar juntos, brincar por mais tempo, levar a criança a lugares diferentes, como praças, museus e cinema. Fazer piquenique ou acampar no quintal também são boa pedida!

As melhores experiências de vida custam pouco ou nada, como soprar bolhas de sabão na varanda ou fazendo desenhos de giz na calçada. O que as crianças realmente precisam é de tempo de qualidade com os pais. E é nesse hora que você vai construir o diálogo com eles, perguntar detalhes sobre seu dia e aprender sempre mais sobre eles.

Juntos, aproveitem cada segundo!

 

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