Olá, mamãe! Tudo bem?
Começo este conteúdo já dizendo para você não pedir conselhos para sua mãe sobre como lidar com filho na adolescência, pois muito provavelmente ela dirá que você está pagando por todas as dores de cabeça que deu para ela nessa fase da vida.
Brincadeiras à parte, é fato inquestionável que essa seja uma fase difícil não só para os pais, mas também para os filhos. São tantas sensações novas que mexem com seu organismo e emoções que simplesmente não dá para entender.
E nessa transformação da fênix, que seu bebê ressurge das cinzas como um adolescente cheio de opiniões e atitudes confrontadoras, quem sai chamuscada é você.
Vamos encarar um fato? É hora de você mudar seu comportamento também e se reinventar. Mas não se preocupe; se não sabe por onde começar, temos algumas dicas especiais neste post. Confira!
Será que é a adolescência mesmo?
É muito provável que você faça essa pergunta várias vezes, uma porque não quer encarar o fato de que seu filho ou filha está deixando de ser criança, e outra, porque em certos momentos, vai atribuir as reações diferentes a algum fato na escola, com os amigos do bairro ou até dentro de sua família.
Não deixa de ser verdade, afinal de contas, até nós mesmos reagimos diferentes quando estamos passando por pressões no trabalho, problemas de relacionamento etc.
Porém, a adolescência não é só uma mudança de comportamento e de faixa etária, mas também um processo do organismo da criança. Esse caso, a medicina junto à psicologia explicam.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a adolescência começa aos 10 e dura até os 20 anos. Alguns especialistas preferem dizer que ela ocorre em meados dos 12 anos, mas a verdade é que o amadurecimento do organismo é diferente para todo mundo. Por via das dúvidas, é bom elevar a atenção a partir dos dez.
O corpo passa por transformações evidentes, a voz dos meninos fica mais grossa, os pelos crescem mais evidentemente, enquanto o das meninas ganham mais curvas, os seios crescem e a identidade e o interesse sexual vão, aos poucos, fazendo parte da rotina.
Junto de tudo isso, uma alteração comportamental também surge, e adivinha quem fica na reta de toda a insatisfação e raiva que aparecem na vida do adolescente? Isso mesmo, você.
De onde vem tanta raiva?
No livro Eu ouviria meus pais se pelo menos eles calassem a boca, do autor Anthony E. Wolf, existe uma boa explicação. Segundo ele, durante a infância, as crianças são dependentes e acreditam que são um elemento fixo de seus pais.
A adolescência começa a despertar nas crianças a obrigação e o desejo de serem independentes, afinal de contas, nos próximos anos chegarão na fase adulta. Isso, no entanto, não é uma reflexão racional, eles não fazem um esquema matemático para chegar a essa conclusão, está tudo no inconsciente.
E é ele que também manda uma mensagem poderosa para as crianças que querem conquistar suas independências: que são seus pais, aqueles amores de pessoas que se preocupam e cuidam deles, a âncora que ainda os prendem à infância.
Ou seja, toda e qualquer ação que eles tomem precisam fazer com que se distanciem o máximo da dependência de seus pais e do mundo infantil.
E como não existe remédio simples para isso, brigas e acessos de raiva são as reações mais frequentes. Em parte porque eles e seus hormônios descontrolados querem impor isso, e em outra, pois os pais não querem aceitar essa realidade ou não sabem como fazê-lo. Faz sentido para você?
Qual a mágica para saber como lidar com filho na adolescência?
Muito bem, então passemos para a parte prática. Sabemos que os acessos de raiva são normais, que acontecem em todos os lares com adolescentes no mundo inteiro, mas isso não significa que eles não devam ser bem administrados.
E, lá vai outra lição que todos os pais já aprenderam desde os primeiros dias de vida de seus filhos: não existe fórmula mágica nem definitiva. Porém, é possível criar um conceito para todas as ações a serem tomadas, por exemplo:
Estabelecer uma relação de confiança e amor
Por mais agressivos e raivosos que os adolescentes sejam, é preciso manter o afeto. Obviamente que ele será agora reestruturado, menos fofo, mas igualmente importante.
Um abraço, por exemplo, por mais breve que seja, transmite uma informação fundamental para o adolescente: que apesar de todas as suas atitudes desagradáveis e constantes tentativas de brigar, sua mãe ou seu pai o amam.
Se você perguntar para ele, é bem provável que ele diga que não gostou, mas em sua intimidade, a sensação do abraço terá sido bem agradável.
Entender o comportamento de seu filho e responder em conformidade
No mesmo livro, Anthony E. Wolf afirma que os meninos tendem a se isolar, enquanto as meninas criam o hábito de combater qualquer decisão de seus pais.
Seja qual for sua atitude, a resposta ao comportamento deve ser personalizada. Entendendo que eles estão tentando, a todo custo, serem independentes, a ideia de oferecer isso a eles em um outro prisma pode ser a solução
Saber impor limites
Talvez o mais importante dos conceitos para lidar com os adolescentes seja dizer não, impor regras e limites. É isso mesmo, toda a sua forma de gerenciar combinados com seus filhos precisará ser revisada.
Isso porque um dos esportes prediletos dos adolescentes é contestar seus pais e tentar insistentemente convencê-los do contrário. Eles usarão argumentos mais estruturados, tentarão manipular mais incisivamente e apelarão para a agressividade e outras atitudes reconhecidamente erradas.
Os pais de adolescentes precisam ser firmes, dar uma ordem e encerrar o tema. Ao menor sinal de contestação, mantenha a máxima de que o assunto já está decidido. Não ofereça nenhum argumento a mais, pois do contrário, será justamente ele que será usado para criar um embate.
Se vale deixar uma última dica sobre como lidar com filho na adolescência seria: não leve para o lado pessoal. É bem provável que em seus sonhos você se imaginava como a mãe ou pai parceiro, que conversa abertamente, faz passeios junto aos filhos e é o mais querido da galera de amigos.
Isso ainda pode acontecer, mas para chegar aí, é preciso não levar tudo para o lado pessoal, não achar que a raiva e as insatisfações são relacionadas à sua pessoa, mas são, sim, ao que eles estão vivendo. E, lógico, criar uma empatia que, ao mesmo tempo, dá espaço e também demonstra apoio.
Aliás, outro suporte fundamental será necessário nas obrigações dos adolescentes, como os estudos e compromissos escolares. Quer saber como ajudá-los? Confira essas 5 dicas para deixar em ordem a rotina escolar do seu filho.
E quando os adolescentes briga de soco e a gente não consegue separar oq fazer?